Bem, é muito complicado falar deste assunto ainda mais quando as pessoas não crêem na Bíblia. Por que nós sabemos que Cristo sempre teve autoridade.
Um breve comentário sobre este assunto é que Cristo já estava na criação do mundo mesmo antes dele existir, sabemos também que Jesus sabia de todas as coisas.
A Trindade que e Deus, Jesus e o Espírito Santo, fez o homem a imagem e semelhança deles. Quer dizer que Cristo já sabia o que viria e aconteceria antes de ter o mundo. Então quando nós deparamos com Cristo no N.T, vemos que Ele tinha pleno conhecimento é podia afirmar que tudo que ta escrito no A.T e a Palavra de Deus porque Ele e o Pai é um só. Cristo sempre teve autoridade em tudo é em todas as coisas. Cristo venceu Satanás apenas com palavras que já estavam escritas nas Escrituras.
“ está escrito não tentaras o Senhor teu Deus...”. é com palavras Ele também venceu os fariseus com palavras que já estavam escrita. Os fariseus eram conhecedores da Lei, mas não as interpretava de acordo com o que lia, eles eram cegos espirituais, por tanto seus conhecimentos eram em vão. Mas nós temos um Cristo que sempre teve é terá a autoridade sobre todas as coisas para sempre. Amém.
quinta-feira, 26 de junho de 2008
segunda-feira, 2 de junho de 2008
Cristológia A autoridade de Cristo
Sempre que vejo um quadro de Jesus na capa da Time ou da Newsweet, pego a revista com receio. Sei que ele será dissecado, analisado e destruído da sua divindade. No fim seremos informados sobre um Jesus que não é qualificado para ser nosso salvador, muito menos digno de nossa adoração. O homem de Nazaré será obscurecido pelos intelectuais, propensos a apresentá-lo de acordo com a preferência ou o gosto deles. Um Jesus nada atraente, reduzindo a mero homem; um objeto de fascínio, mas não de adoração.Você fica com a fé abalada quando lê que a própria existência de Cristo é questionável? Por exemplo, Stephen Mitchell, em seu livro The Gospel according to Jesus, [ O evangelho segundo Jesus], escreveu: "Não podemos ter nenhuma certeza do que Jesus realmente disse." Na realidade, a revista Times cita o teólogo alemão Rudolf Bultmann dizendo que as narrativas do evangelho são tão indignas de confiança que "agora não podemos saber quase nada relativamente à vida e a personalidade de Jesus".Por que essas conclusões? O Seminário Jesus Você deve ter ouvido falar do Seminário Jesus, um grupo de intelectuais que se reuniu na Califórnia para votar no que acreditavam que Cristo disse ou não disse, fez. Inventaram um modo criativo de votar: cada um participante joga uma conta de plástico dentro de um balde, e a cor da conta indica a opinião de votante: vermelho significa "É Jesus!"; cor-de-rosa, "Parece Jesus"; cinza, "Bem, talvez"; preto, "Deve ter havido algum engano."A conclusão deles é que apenas cerca de dezoito por cento das palavras atribuídas a Jesus nos evangelhos podem de fato ter sido enunciadas por ele. Como se podia esperar, a ressurreição de Cristo recebeu a cor preta, junto com todos os outros milagres. Apenas palavras e atos politicamente corretos sobreviveram.Esses intelectuais céticos tinham o propósito declarado de mudar a maneira que o povo vê Jesus. Tornaram-se públicos, e os jornais americanos publicavam regularmente suas conclusões. Eles querem "liberar a Bíblia do aspecto religioso" e crêem que nossa cultura necessita de uma nova visão sobre Jesus, um Jesus que se relacione com as preocupações modernas como feminismo, multiculturalismo, ecologia e correção política. Trata-se de um Jesus de acordo com o espírito de nossa época.Os crentes na Bília não tem de temer essas especulações subjetivas. Na realidade, devidamente compreendidos, esses intelectuais fortalecem a nossa fé em vez de corroê-la. A verdade é que o Seminário de Jesus é apenas um motivo a mais para crer que Cristo é aquele que os escritores do Novo Testamento proclamam ser! Deixe-me explicar.Em primeiro lugar, tenha em mente que essas opiniões radicais são totalmente fundamentadas nos palpites subjetivos de cada intelectual. Na realidade, toda decisão é tomada com um preconceito inabalável contra milagres. Citamos a seguir as palavras exatas da introdução de The five gospels [ Os cincos evangelhos], um livro publicado pelo Seminário Jesus: "O Cristo do credo e do dogma, que se manteve firme na Idade Média, não pode mais comandar a vontade daqueles que viram os céus através do telescópio de Galileu."" Nós vimos os céus", o argumento prossegue,"por isso não cremos mais em um Cristo milagroso." Lembre-se: as "descobertas" não são nem históricas, nem arqueológicas. Sim, esses intelectuais estudaram extensamente a vida e o tempo de Jesus, mas apenas moldar suas opiniões pessoais sobre quem Jesus realmente foi - Jesus, o homem, o mero homem.Não esqueça de que durante séculos os mestres liberais tentaram separar Jesus histórico (Jesus, o mero homem) do que chamam "o Cristo da fé" isto é, o Cristo da lenda e do mito. Tentaram descascar todas as palavras e atos milagrosos dos evangelhos para descobrir este homem, Jesus. Mas muitos mestres modernos admitem que esse empreendimento foi um gigantesco fracasso. Como conseqüência, surgiram tantas versões diferentes do "Jesus histórico" quantos intelectuais exitem. Em vez de escrever uma biografia de Cristo, cada mestre escreveu, na verdade, a própria biografia! A vida de Cristo é um espelho no qual cada estudioso vê o próprio reflexo, as próprias dúvidas, aspirações e programação.A busca de um Jesus histórico é um tipo de teste de Rorschach.*Uma vez que os manuscritos do Novo Testamento são rejeitados como autorizados e o conceito pessoal de Jesus é tudo o que importa, muitos retratos diferentes de Cristo surgiram. Alguns escritores o descrevem como hippie da contracultura; outros, como um judeu reacionário, um rabino carismático ou até como um mago homossexual. Albert Schweitzer, famoso humanista, escreveu uma biografia de Cristo e concluiu que foi a insanidade de Jesus que o levou a se proclamar divino.No fim, ficamos sabendo mais sobre os autores dessas biografias do que sobre Jesus! Suas contradições levianas e opiniões subjetivas levaram muitos estudiosos a exasper-se e admitir que a busca do Jesus histórico acabou em fracasso. Os pesquisadores descobriram que o retrato de Cristo no Novo Testamento é um pedaço único de tecido, não puderam encontrar nenhuma costura na roupagem que se separasse "o Jesus histórico" do Cristo da fé. Nenhuma lâmina foi suficientemente afiada para dissecar o NT com alguma objetividade. Quando perceberam que a busca do Jesus histórico era fútil, muitos concluíram que o melhor caminho é simplesmente dizer que não se sabe coisa alguma sobre ele.No livro Chrost among other gods [ Cristo entre outros deuses], conta a história da célebre pintura de Burne-Jones chamada "Amor entre ruínas", que foi destruída por uma empresa de restauração artística. Embora tivesse sido advertida de que era uma aquarela e, portanto, precisava de atenção especial, a companhia ultilizou o líquido errado e dissolveu a tinta.Ao longo dos séculos os homens tentaram reduzir o luminoso retrato de Cristo do Novo Testamento a tintas obscuras, passar esponja sobre seus milagres, humanizar suas alegações.Contudo, até agora, ninguém encontrou solvente necessário para neutralizar o original e reduzi-lo a uma tela fria e sem graça. Não importa quem tente manchar seus matizes com as cores dos homens comuns, o retrato continua resistente, imune àqueles que buscam distingui-lo entre o original e um suposto acréscimo posterior.Por mais que tente, as pessoas não têm sido capazes de encontrar um Jesus puramente humanodas páginas do Novo Testamento. O subjetivismo delas deixou-as com pecinhas por acaso, que não se encaixam facilmente. Tiveram de fazer uma escolha nítida: aceitá-lo conforme no NT ou confessar ingnorância a respeito dele. Com efeito, enfrentaram a verdade de que o retrato do evangelho ou é todo verdadeiro ou todo falso. Determinados a não aceitar um Cristo milagroso, optaram por dizer que talvez não tenha existido nenhum Jesus histórico!Agostinho viveu antes de os intelectuais mastigarem as Escrituras de acordo com caprichos pessoais. Não obstante, mesmo no tempo dele, algumas pessoas criam no que queriam e descartavam o restante. Ele escreveu: " Se você crê no que gosta dos evangelhos e rejeita o que não gosta, não é no evangelho que você crer, mas em você mesmo". Crer no que Jesus cria Se estivermos dispostos a tratar o Novo Testamento com o mesmo respeito dado a outros documentos antigos, descobrimos que são relatos de testemunhas oculares da vida e do ministério de Cristo. Esses relatos nos põem diante de um Cristo que declarou ser Deus e tinha as credenciais para prová-lo.Aqui chegamos a outra razão por que cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus: a autoridade de Cristo. Certamente a opinião dele é importante, não apenas para os cristãos, mas até para o que o seguem à distância. Portanto a questão que se nos apresenta é: Qual era a opinião de Jesus sobre a Bíblia dele, o Antigo Testamento?Quando apelamos para a autoridade de Cristo para estabelecer a credibilidade do Antigo Testamento, não estamos raciocinando em círculo: a vida, a morte, a ressurreição e as alegações de Cristo podem ser estabelecidas sobre fundamentos históricos independentes, conforme vimos no último capítulo.Um estudioso crítico disse que não podemos saber se a Bíblia não contém erros porque "apenas um ser onisciente" poderia saber se ela é exata em cada detalhe. Em Cristo, esse cético tem exatamente o que deseja: o Senhor onisciente, ensinando que no AT não tem erros! Cristo cria na história do Antigo Testamento Já aprendemos que os críticos da Bíblia descartam muitas histórias do AT por julgarem-nas mitológicas. Podem ter falado com respeito sobre aceitar a Bíblia "séria", mas não "literalmente".Na prática isso significa que Adão e Eva , Nóe, Moisés e Jonas (apenas para citar alguns nomes) não existiram. Não há nenhum milagre, tampouco palavras pessoais de Deus.Contudo, curiosamente, Cristo emprestou sua autoridade às narrativas do AT e os milagres associados com elas! Eis alguns poucos exemplos: * Adão e Eva são considerados por alguns figuras mitológicas, mas Cristo confirmou a história do Gênesis: "Ele respondeu: 'Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'?" (Mt 19.4,5). * Muita gente descarta a narrativa do Dilúvio, mas Cristo disse: "Como foi nos dias de Nóe, assim também será na vinda do filho do homem. Pois nos dias anteriores ao Dilúvio, o povo vivia comendo e bebendo, casando-se e dando-se em casamento, até o dia em que Nóe entrou na arca; e eles nada perceberam, até que veio o Dilúvio e os levou a todos. Assim acontecerá na vinda do Filho do homem" (Mt 24.37-39). É interessante que ele tenha prefaciado essa afirmação sobre Nóe e o dilúvio com estas palavras: "Os céus e a terra passarão, mas as minhas palavras jamais passarão" (Mt24.35). Logo, estamos diante de uma decisão: Cremos nesses críticos que não conseguem aceitar a confiabilidade dos relatos bíblicos, ou cremos que em Cristo? Não admira que os críticos liberais prefeririam dizer que não sabemos nada a respeito de Jesus da história!Mas o Cristo poderia estar simplesmente usando a crença predominante no dilúvio para alcançar seu intento? Já se insinuou que ele próprio não cria no dilúvio, mas simplesmente aproveitou-se das crenças contemporâneas. Essa conclusão, no entanto, é insatisfatória.Em seu livro Christ and the Bíble [ Cristo e a Bíblia], Jhon Wenham prova que essa idéia é totalmente impossível: " O futuro Juiz está enunciando palavras de solene advertência aos que no futuro o comparecerão com réus no seu tribunal.[...] E ainda assim vamos supor que esteja dizendo que uma pessoa imaginário arrependeu-se na imaginação, e que ele [o Juiz] vai se levantar nesse dia para condenar a impenitência real dos seus ouvintes reais". Cristo cria na história de Nóe e do dilúvio. Sabemos mais do que ele? * Sabemos que muitos intelectuais não crêem que Moisés existiu porque não existe nenhuma confirmação extrabíblica de sua vida e história além do Êxodo. Contudo, Cristo cria na narrativa de Moisés e na provisão diária divina do maná. "Os nossos antepassados comeram do maná do deserto; como está escrito: 'Ele lhes deu a comer pão dos céus'. Declarou-lhes Jesus: Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu o pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu" (Jo 6.31,32).* Cristo confirma as duas narrativas, com freqüências desacreditada no livro de Jonas, a saber que o profeta foi engolido por um peixe e que um grande reavivamento aconteceu em Nínive como resultado de sua pregação. Ouça como Cristo entendeu esses eventos: "Ele respondeu: 'Uma geração perversa e adúltera pede um sinal miraculoso! Mas nenhum sinal lhe será dado, exceto o sinal do profeta Jonas. Pois assim Jonas esteve três dias e três noites no ventre de um grande peixe, assim o Filho do homem ficará três dias e três noites no coração da terra. Os homens de Nínive se levantarão no juízo com esta geração e a condenarão; pois eles se arrependeram com a pregação de Jonas, e agora está aqui o que é maior do que Jonas'" (Mt 12.39-41).
Você dúvida que Deus julgou Sodoma e Gomorra pelos pecado delas? Ou que a esposa de Ló olhou para trás e se transformou numa estátua de sal? Cristo citou coerentemente essas narrativas do Antigo Testamento como fatos reais. Dessa maneira, os acontecimentos históricos do passado são utilizados como fundamento para expectativas do futuro.
Mais adiante neste livro mostraremos que Cristo aceitou toda a história do Antigo Testamento, do começo ao fim. Certamente, isso nos deve dar confiança de que a historicidade do Antigo Testamento deve ser aceita.
Cristo aceitou a autoridade do Antigo Testamento
Cristo citou o Antigo Testamento para resolver dissensões. Sim, havia liberais no tempo dele também. Quando os saduceus tentaram ridicularizar a doutrina da ressurreição, ele replicou: "... Vocês estão enganados!, pos não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!" (Mc 12.24).
Ele continuou: "Quanto à ressurreição dos mortos, vocês não leram no livro de Moisés, no relato da sarça, como Deus lhe disse: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó'? Ele não é Deus de mortos, mais de vivos. Vocês estão muito enganados!" (v.26,27). Cristo argumentou defendendo ressurreição com base e uma palavra, um verbo no tempo presente! Se não houvesse ressurreição, Deus teria dito: "Eu era o Deus de Abraão". mas considerando que Deus usou o tempo presente"Eu sou o Deus de Abraão", isso devia significar que Abraão, Isaque e Jacó ainda estavam vivos e ressuscitariam!
O erro dos fariseus não era ter estudado muito as Escrituras, mas não meditar nelas suficientemente. Não era aplicar a lei tão rigorosamente, mas não examinar seu significado mais profundo (Mt 23.23). Na verdade, Cristo destacou: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir" (Mt 5.17). Eles não deviam simplesmente obedecer à letra, mas também ao espírito da lei.
Longe de desacreditar as Escrituras do Antigo Testamento, Cristo disse: "Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam" (Mt 23.2,3). Ele honrava o que eles ensinavam, mas se entristecia porque compreendiam seus ensinamentos tão superficialmente. Reprovou-os porque permitiam que sua cegueira espiritual e suas tradições obscurecessem o significado da lei. Disse que estudavam as Escrituras em (Jo 5.39-47).
Cristo aprovou a moral do Antigo Testamento
Você já ouvi dizer que o Antigo Testamento é irrelevante como guia de conduta e valores espirituais? Cristo não pensava assim. Quando um advogado lhe fez a pergunta "Mestre, qual è o maior mandamento na Lei?" (Mt 22.36), Cristo respondeu juntando duas citações do Antigo Testamento: "...Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como assim mesmo'. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.37-40).
Estes eram mandamentos do Novo Testamento, mas do Antigo; eles se encontram no coração da Lei do Antigo Testamento. Longe de estar desligado do Antigo, o Novo Testamento é o seu cumprimento. Qualquer noção de que o Deus do Antigo Testamento era um Deus de ira e o Deus do Novo Testamento é um Deus de compaixão não tem fundamento.
Novamente, um crítico poderia perguntar: Pode ser que Jesus não cresse realmente a autoridade do Antigo Testamento, mas respondesse aos seus críticos no terreno deles sem parar para corrigir-lhes as premissas erradas? Dir-se-ia dessa maneira que Cristo estava mais interessado em desacreditar seus oponentes do que em relevar o fundamento da verdade eterna.
Mas em outra passagens Cristo não hesitou em corrigir conceitos errados. Ele não foi feito lento em denunciar o tradicionalismo dos fariseus e corrigir-lhe em visão nacionalista da vinda do Messias. Como Wenham diz: "Certamente ele estaria preparando para explicar com clareza a mescla da verdade divina com o erro humano na Bíblia, se ele soubesse que isso existisse". Simplesmente não é possível acreditar que Cristo tivesse consciência de que a visão dos judeus das Escrituras era errada, mas mesmo assim concordasse com as crenças esperando corrigi-las de alguma outra forma.
Lembre-se de como Cristo enfrentou a tentação. Três vezes disse a Satanás "Esta escrito" e em seguida citou um texto relevante do Antigo Testamento. Obviamente, Cristo não confrontaria o Diabo com falsas premissas.
A expressão "está escrito" no tempo presente traduz-se melhor por "permanece escrito", que equivale a dizer " Deus diz"."Aqui está o testemunho permanente, imutável do Deus Eterno, transmitindo pela escrita para nosso uso e instrução". Quando Cristo estava morrendo as Escrituras em seu lábios. "Meu Deus! Meus Deus! Por que me abandonaste? (Mt 27.46;cf. Sl 22.1) e "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46; cf Sl 31.5).
Depois da ressurreição, novamente ele apontou para as Escrituras. Ele disse que estavam caminhando pela estrada de Emaús: "E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras" (Lc 24.27). O Antigo Testamento caracterizou-se pela "doação de Deus"; tem a distinção particular de ser o livro de Deus. Dizer " as Escrituras dizem" é dizer "Deus diz".
Cristo confirmou as profecias do Antigo Testamento
No capitulo 3 mencionei que Cristo com freqüência usava a expressão é preciso, ou alguma equivalente. Ele empregou-a mais freqüentemente em relação às profecias do Antigo Testamento. Não havia dúvidas em sua mente de que as Escrituras do Antigo Testamento tinham de ser cumpridas.
Ele previu sua morte.
“Jesus chamou à parte os Doze e lhes disse:’Estamos subindo para Jerusalém, e tudo o que está escrito pelos profetas acerca do Filho do homem se cumprirá. Ele será entregue aos gentios, que zombarão dele, o insultarão, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. No terceiro dia ele ressuscitará “(Lc 18.31-33 grifo do autor).
Está escrito: ‘Ele foi contado com os transgressores’; e eu lhes digo que isso precisa cumprir-se em mim. Sim, o que está escrito a meu respeito está para se cumprir” ( Lc 22.37), grifo do autor)
“O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito” (Mt 26.24; Mc 14.21, grifo do autor)
“Você acha que eu não posso pedira meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer dessa forma? [...] Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas” (Mt 26.53,54,56, grifo do autor)
“Ele lhes disse:’Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram! Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?’ (Lc 24.25,26, grifo do autor).
“E lhes disse: ‘Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados de todas as nações, começando por Jerusalém “ (Lc 24.46,47, grifo do autor).
‘....E são as Escrituras que testemunham a meu respeito [...]. Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Visto, porém que não crêem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?” (Jô 5.39,46,47, grifo do autor).
“Não estou me referindo a todos vocês; conheço os que escolhi. Mas isto acontece para que se cumpra a Escritura: ‘Aquele que partilhava do meu pão voltou-se contra mim’” ( Jô 13.18, grifo do autor; cf. Sl 41.9).
Para Cristo, as palavras das Escrituras eram palavras de Deus. Quando dizia “Vocês não leram?” equivale a “Vocês não sabem que Deus disse?”. Ele empregava a expressão a Palavra de Deus a palavra Escritura de modo intercambiável quando citava o Antigo Testamento. Por exemplo, o Antigo Testamento diz: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe” (Gn 2.24). Quando Cristo citou este versículo não disse “As Escrituras dizem...”. Antes, atribuiu as palavras diretamente a Deus: “...o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse...”(Mt 19.4,5, grifo do autor).
Citando Wenham mais um vez: “ Jesus nunca exaltava as Escrituras por si mesmas, mas nunca permitiu que se crie fenda entre as Escrituras e a mensagem das Escrituras. O que as Escrituras dizem é a palavra de Deus--Deus é o seu autor”.
Cristo confirmou a inerrância do Antigo Testamento
Está bastante claro que Cristo considerava a autoridade do Antigo Testamento, mas será que ele cria que as palavras propriamente eram inspiradas? “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor ou menor traço, até que tudo se cumpra” (Mt 5.17,18).
Ele cria que a exatidão do Antigo Testamento se estendia à menor das letras (que seria equivalente o “i” e ao traço que transforma o “P” em “R”). Esses detalhes são importantes porque as letras formam as palavras, e as palavras transmitem significados.
Imagine Jesus cercado por um grupo de judeus enraivecidos, acusando-o de blasfêmia porque se dizia Deus. Ele se defendia brilhantemente perguntando: “Não está escrito na Lei de vocês: ‘Eu disse: Vocês são deuses’?” (Jo 10.34). Jesus apelou para a Lei porque sabia que eles aceitariam a autoridade dela. Geralmente quando pensamos na palavra lei referimo-nos aos cincos livros de Moisés, mas no contexto maior a lei è todo o Antigo Testamento. Cristo estava citando na verdade o Salmo 82.6.
Nesse mesmo salmo, Deus fala como o verdadeiro juiz (v. 1,8), mas aqueles homens que o representavam não estavam transmitindo os veredictos sábios de Deus. A palavra deuses no versículo 1 refere-se a esses juízes humanos. Claro que eles eram “deuses”, mas tinham uma posição importante entre os homens. Do mesmo modo que, no parlamento canadense há uma câmara dos “lords”, embora ninguém creia em momento algum que esses homens sejam “Senhores” no sentido divino.
Nesse contexto Cristo fez um comentário improvisado que provou sua alta consideração pelo Antigo Testamento. Vamos citar o versículo inteiro: “Jesus lhes respondeu: ‘Não está escrito na lei de vocês: Eu disse; Vocês são deuses’? Se ele chamou ‘deuses’àqueles a quem veio a palavra de Deus( e a Escritura não pode ser anulada), que dizer a respeito daquele quem o Pai o santificou e enviou ao mundo? Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: Sou Filho de Deus?” ( Jo 10.34-36, grifo do autor).
Observe com que naturalidade Cristo deixou que as palavras “ a Escrituras não pode ser anulada” saíssem dos lábios. Ele não quis simplesmente particular [passagem] não poderia ser anulada, mas simplesmente “a Escritura não pode ser anulada”, uma referência ao Antigo Testamento com um todo. Mesmo nos mínimos detalhes este conjunto de literatura é exato.
Vimos que a inspiração – se significa alguma coisa – deve estender-se a cada palavra das Escrituras . A idéia moderna de que os pensamentos são inspirados, mas não as palavras, interpreta de maneira errada a natureza da linguagem. Evidentemente a Bíblia representa os pensamentos de Deus, mas esses pensamentos foram transmitidos em palavras, e por isso as frases exatas ficaram sob a supervisão de Deus. Quer o aceitemos, que não , Cristo realmente cria no Antigo Testamento.
Suponha que você assinasse um contrato com um homem que promete construir uma casa para você. Alguns dias depois ele quer ser esquivar do acordo. Você aponta o parágrafo que especifica o que vocês combinaram, mas ele replica: “Você no pode ater às palavras exatas; apenas as idéias é que são obrigatórias!”.Uau!
A Bíblia é pura de erros? Devemos perguntar se o próprio Deus é puro e sem erros. Cristo jamais daria sua aprovação a declarações e ensinamentos errados. Não podemos desviar-nos do fato explicito de que Cristo cria que as palavras do Antigo Testamento eram inspiradas. Para ele, se o Antigo Testamento disse, Deus disse!
Aplicações que transformam vidas
“Se você não concorda com tudo que Davi fez, então por que concorda com tudo o que ele escreveu?”disse-me um pastor liberal quando estávamos discutindo a questão do pecado original. Eu havia defendido a doutrina citando Davi no salmo 51: “Em pecado me concebeu a minha mãe” (v.5). O ponto de vista dele era claro: Considerando que Davi era homem falível, não poderia ter escrito um salmo infalível. Ou, pelo menos, não há motivos para pensar que o tivesse escrito.
Eu não tive nenhuma resposta para ele na ocasião, mas agora tenho. Cristo sabia que os autores da Bíblia eram homens falíveis, mas afirmou que o que haviam escrito era infalível. Tinha de ser desse jeito se Deus quisesse usar homens para nos dar as Escrituras.
Cristo entendia que um homem, mesmo falível, pode escrever o que é inspirado e, portando, verdadeiro. Ele sabia que Davi, o autor dos salmos, era falível, mas o que escreveu sob inspiração divina era a própria palavra de Deus. Conforme vimos, Cristo não fez separação entre verdade e erro; não tinha necessidade de separar o joio do trigo, o falso do verdadeiro. Davi escreveu sob a inspiração de Deus.
Se Cristo cria no Antigo Testamento, o que incluía o salmo 51, poderíamos não crer? Sabemos mais do que ele a respeito de Deus, da ciência e da história? Não nos envergonhemos de dizer “a Bíblia diz”, pois o que a Bíblia diz, Deus diz.
Um matemático poderia tentar provar que evitar uma avalancha porque a trajetória de cada penedo pode ser calculada, e um homem ágil pode sair do caminho de cada uma das rochas separadas. Da mesma forma, considerando uma de cada vez, um intelectual pode tentar negar cada uma das afirmações de Cristo sobre o Antigo Testamento. Mas as declarações não vêm uma por vez, mas “formam uma grande avalancha de itens de evidências cumulativas que não podem ser evitadas com sinceridade”. Não podemos negar que Cristo creu em toda a autoridade do Antigo Testamento. Se ele é o nosso Salvador, também é nosso mestre, e todos os que aceitam como mestre devem, se forem sinceros, curvar-se diante dele como Salvador.
O principal dos sacerdotes interrogou Cristo, mas até aquele momento ele manteve silêncio.
“Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”
“Sou’, disse Jesus. ‘E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu ‘” (Mt 14.61,62). Os que não aceitam agora Cristo com Salvador vão encontrá-lo como juiz no futuro. De um jeito ou de outro, o confronto com Cristo é inevitável. Os sábios crerão no que ele creu e seguirão para onde ele os levar.
Para pensarmos um pouco mais
Os discípulos poderiam ter inventado as histórias sobre Jesus?
No intimo, talvez imaginemos: Poderia o Seminário Jesus estar certo quando conclui que um homem chamado Jesus existiu, e os discípulos o transformaram em Cristo, o Messias? Ainda que não possamos separar Jesus da história do Cristo da fé, não possamos encontrar o “Jesus histórico”, ainda assim seria possível que seus discípulos tivessem sido tomados por uma “febre messiânica” e por isso criariam as histórias do Cristo? Seriam eles capazes de transformar um homem comum no Messias?
Não, tanto intencionalmente quanto sem intenção, os discípulos não poderiam ter inventado Jesus. Em History and christianity [ História e cristianismo], o dr. John Warwich Montgomery apresenta três motivos poderosos por que os discípulos seriam incapazes de tomar o homem Jesus e transformá-lo no Messias do anseio deles.
Primeiro, Jesus, conforme é descrito no Novo Testamento, difere radicalmente do tipo de Messias que os judeus do seu tempo esperavam. Dito de outro modo, Jesus era um candidato fraco para ser “deificado”
O recém-falecido mestre judeu Edersheim, da Universidade de Oxford, mostrou que era incrível que Cristo proclamasse que o seu deseja não era converter os gentios ao judaísmo, mas transformar ambos, judeus e gentios, em “filhos do único Pai celestial”, e não obrigar a lei aos gentios, mas libertar os judeus e os gentios dela e “ cumprir sua exigências por todos!”.
Para citar Edersheim: “A revelação mais inesperada e surpreendente era, do ponto de vista judeu, a derrubada do muro central de separação entre judeus e gentios, a retirada da inimizade da lei, e a crucificação dela na cruz de Cristo. Não havia nada análogo , [...] Com certeza, a coisa mais improvável para Cristo era sua época “. Os judeus daquele tempo esperavam que o Messias aparecesse com uma espada para acabar com a ocupação romana da terra; alguns pensavam que traria de volta o remanescente da dez tribos perdidas e reuniria Israel e Judá.
Cristo foi um amargo desapontamento em todos os aspectos. Os judeus não estavam preparados para aceitar um Messias que dissesse : “O meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36). não admira que as autoridades judaicas tenham combinado crucificá-lo. Se os discípulos tivessem desejado escolher um homem para fazer dele um Messias, Jesus não entraria na lista.
Segundo, os discípulos eram psicologicamente incapazes de escolher um homem e chamá-lo Deus. O ponto central do judaísmo é: “Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). A maior blasfêmia era a idolatria, isto é, chamar uma pessoa ou coisa de Deus. Para os discípulos deificar um mero homem seria contradizer o ponto mais básico da lei: “Não terás outros deuses além de mim” (Ex 20.2).
Transgredir esse mandamento significaria que eram, nas palavras de Montgomery, “charlatães ou psicóticos”. Ele prossegue: “Mas a descrição dele nos documentos é de pescadores práticos, comuns, com os pés na terra, obstinados cobradores de impostos etc., e pessoas com talvez mais que a dose de ceticismo costumeira.”.
A questão é que os discípulos precisavam ser convencidos de que Cristo era o Messias; não havia como apanhar um mero homem e transformá-lo em Deus.
Terceiro, foi a ressurreição que transformou esses homens em discípulos convictos de Cristo. Leia as narrativas do Novo Testamento e descubra que não há dúvida de que os escritores compreendiam a diferença entre o fato e ficção. Estavam bem conscientes de que falsos messias vinham e iam, e por isso eram cético a respeito de Cristo. Mas depois que ele ressuscitou dos mortos, ficaram convencidos de que Cristo era realmente o Messias, o Salvador do mundo.
“O incrédulo Tomé”, como esse discípulo é freqüentemente chamado, lembra-nos de que Cristo é falível para os céticos cujo coração está aberto para abraçar a verdade mas que sinceramente acham que não há evidencias suficientes. A dúvida, alguém disse, “é tropeçar numa pedra que não compreendemos”. Já se disse que os que nunca duvidaram, nunca creram realmente.
Tomé teve um ataque de pessimismo, um palpite d que no final nada jamais daria certo. Depois da ressurreição, Cristo apareceu aos discípulos , mas Tomé estava ausente. Ele não era o tipo de discípulo que estivesse tão tomado da “febre messiânica” que buscasse um motivo para fazer de Cristo um Deus.
“Os outros discípulos lhe disseram: ‘Vimos o Senhor!’ Mas ele lhes disse: ‘Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei (Jo 20.25).
Texto retirado do livro 7 razões para confiar na Bíblia, esta foi a quarta razão amém.
Você dúvida que Deus julgou Sodoma e Gomorra pelos pecado delas? Ou que a esposa de Ló olhou para trás e se transformou numa estátua de sal? Cristo citou coerentemente essas narrativas do Antigo Testamento como fatos reais. Dessa maneira, os acontecimentos históricos do passado são utilizados como fundamento para expectativas do futuro.
Mais adiante neste livro mostraremos que Cristo aceitou toda a história do Antigo Testamento, do começo ao fim. Certamente, isso nos deve dar confiança de que a historicidade do Antigo Testamento deve ser aceita.
Cristo aceitou a autoridade do Antigo Testamento
Cristo citou o Antigo Testamento para resolver dissensões. Sim, havia liberais no tempo dele também. Quando os saduceus tentaram ridicularizar a doutrina da ressurreição, ele replicou: "... Vocês estão enganados!, pos não conhecem as Escrituras nem o poder de Deus!" (Mc 12.24).
Ele continuou: "Quanto à ressurreição dos mortos, vocês não leram no livro de Moisés, no relato da sarça, como Deus lhe disse: 'Eu sou o Deus de Abraão, o Deus de Isaque e o Deus de Jacó'? Ele não é Deus de mortos, mais de vivos. Vocês estão muito enganados!" (v.26,27). Cristo argumentou defendendo ressurreição com base e uma palavra, um verbo no tempo presente! Se não houvesse ressurreição, Deus teria dito: "Eu era o Deus de Abraão". mas considerando que Deus usou o tempo presente"Eu sou o Deus de Abraão", isso devia significar que Abraão, Isaque e Jacó ainda estavam vivos e ressuscitariam!
O erro dos fariseus não era ter estudado muito as Escrituras, mas não meditar nelas suficientemente. Não era aplicar a lei tão rigorosamente, mas não examinar seu significado mais profundo (Mt 23.23). Na verdade, Cristo destacou: "Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir" (Mt 5.17). Eles não deviam simplesmente obedecer à letra, mas também ao espírito da lei.
Longe de desacreditar as Escrituras do Antigo Testamento, Cristo disse: "Os mestres da lei e os fariseus se assentam na cadeira de Moisés. Obedeçam-lhes e façam tudo o que eles lhes dizem. Mas não façam o que eles fazem, pois não praticam o que pregam" (Mt 23.2,3). Ele honrava o que eles ensinavam, mas se entristecia porque compreendiam seus ensinamentos tão superficialmente. Reprovou-os porque permitiam que sua cegueira espiritual e suas tradições obscurecessem o significado da lei. Disse que estudavam as Escrituras em (Jo 5.39-47).
Cristo aprovou a moral do Antigo Testamento
Você já ouvi dizer que o Antigo Testamento é irrelevante como guia de conduta e valores espirituais? Cristo não pensava assim. Quando um advogado lhe fez a pergunta "Mestre, qual è o maior mandamento na Lei?" (Mt 22.36), Cristo respondeu juntando duas citações do Antigo Testamento: "...Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento'. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante a ele: 'Ame o seu próximo como assim mesmo'. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas" (Mt 22.37-40).
Estes eram mandamentos do Novo Testamento, mas do Antigo; eles se encontram no coração da Lei do Antigo Testamento. Longe de estar desligado do Antigo, o Novo Testamento é o seu cumprimento. Qualquer noção de que o Deus do Antigo Testamento era um Deus de ira e o Deus do Novo Testamento é um Deus de compaixão não tem fundamento.
Novamente, um crítico poderia perguntar: Pode ser que Jesus não cresse realmente a autoridade do Antigo Testamento, mas respondesse aos seus críticos no terreno deles sem parar para corrigir-lhes as premissas erradas? Dir-se-ia dessa maneira que Cristo estava mais interessado em desacreditar seus oponentes do que em relevar o fundamento da verdade eterna.
Mas em outra passagens Cristo não hesitou em corrigir conceitos errados. Ele não foi feito lento em denunciar o tradicionalismo dos fariseus e corrigir-lhe em visão nacionalista da vinda do Messias. Como Wenham diz: "Certamente ele estaria preparando para explicar com clareza a mescla da verdade divina com o erro humano na Bíblia, se ele soubesse que isso existisse". Simplesmente não é possível acreditar que Cristo tivesse consciência de que a visão dos judeus das Escrituras era errada, mas mesmo assim concordasse com as crenças esperando corrigi-las de alguma outra forma.
Lembre-se de como Cristo enfrentou a tentação. Três vezes disse a Satanás "Esta escrito" e em seguida citou um texto relevante do Antigo Testamento. Obviamente, Cristo não confrontaria o Diabo com falsas premissas.
A expressão "está escrito" no tempo presente traduz-se melhor por "permanece escrito", que equivale a dizer " Deus diz"."Aqui está o testemunho permanente, imutável do Deus Eterno, transmitindo pela escrita para nosso uso e instrução". Quando Cristo estava morrendo as Escrituras em seu lábios. "Meu Deus! Meus Deus! Por que me abandonaste? (Mt 27.46;cf. Sl 22.1) e "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito" (Lc 23.46; cf Sl 31.5).
Depois da ressurreição, novamente ele apontou para as Escrituras. Ele disse que estavam caminhando pela estrada de Emaús: "E começando por Moisés e todos os profetas, explicou-lhes o que constava a respeito dele em todas as Escrituras" (Lc 24.27). O Antigo Testamento caracterizou-se pela "doação de Deus"; tem a distinção particular de ser o livro de Deus. Dizer " as Escrituras dizem" é dizer "Deus diz".
Cristo confirmou as profecias do Antigo Testamento
No capitulo 3 mencionei que Cristo com freqüência usava a expressão é preciso, ou alguma equivalente. Ele empregou-a mais freqüentemente em relação às profecias do Antigo Testamento. Não havia dúvidas em sua mente de que as Escrituras do Antigo Testamento tinham de ser cumpridas.
Ele previu sua morte.
“Jesus chamou à parte os Doze e lhes disse:’Estamos subindo para Jerusalém, e tudo o que está escrito pelos profetas acerca do Filho do homem se cumprirá. Ele será entregue aos gentios, que zombarão dele, o insultarão, cuspirão nele, o açoitarão e o matarão. No terceiro dia ele ressuscitará “(Lc 18.31-33 grifo do autor).
Está escrito: ‘Ele foi contado com os transgressores’; e eu lhes digo que isso precisa cumprir-se em mim. Sim, o que está escrito a meu respeito está para se cumprir” ( Lc 22.37), grifo do autor)
“O Filho do homem vai, como está escrito a seu respeito” (Mt 26.24; Mc 14.21, grifo do autor)
“Você acha que eu não posso pedira meu Pai, e ele não colocaria imediatamente à minha disposição mais de doze legiões de anjos? Como então se cumpririam as Escrituras que dizem que as coisas deveriam acontecer dessa forma? [...] Mas tudo isso aconteceu para que se cumprissem as Escrituras dos profetas” (Mt 26.53,54,56, grifo do autor)
“Ele lhes disse:’Como vocês custam a entender e como demoram a crer em tudo o que os profetas falaram! Não devia o Cristo sofrer estas coisas, para entrar na sua glória?’ (Lc 24.25,26, grifo do autor).
“E lhes disse: ‘Está escrito que o Cristo haveria de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia, e que em seu nome seria pregado o arrependimento para perdão de pecados de todas as nações, começando por Jerusalém “ (Lc 24.46,47, grifo do autor).
‘....E são as Escrituras que testemunham a meu respeito [...]. Se vocês cressem em Moisés, creriam em mim, pois ele escreveu a meu respeito. Visto, porém que não crêem no que ele escreveu, como crerão no que eu digo?” (Jô 5.39,46,47, grifo do autor).
“Não estou me referindo a todos vocês; conheço os que escolhi. Mas isto acontece para que se cumpra a Escritura: ‘Aquele que partilhava do meu pão voltou-se contra mim’” ( Jô 13.18, grifo do autor; cf. Sl 41.9).
Para Cristo, as palavras das Escrituras eram palavras de Deus. Quando dizia “Vocês não leram?” equivale a “Vocês não sabem que Deus disse?”. Ele empregava a expressão a Palavra de Deus a palavra Escritura de modo intercambiável quando citava o Antigo Testamento. Por exemplo, o Antigo Testamento diz: “Por essa razão, o homem deixará pai e mãe” (Gn 2.24). Quando Cristo citou este versículo não disse “As Escrituras dizem...”. Antes, atribuiu as palavras diretamente a Deus: “...o Criador ‘os fez homem e mulher’ e disse...”(Mt 19.4,5, grifo do autor).
Citando Wenham mais um vez: “ Jesus nunca exaltava as Escrituras por si mesmas, mas nunca permitiu que se crie fenda entre as Escrituras e a mensagem das Escrituras. O que as Escrituras dizem é a palavra de Deus--Deus é o seu autor”.
Cristo confirmou a inerrância do Antigo Testamento
Está bastante claro que Cristo considerava a autoridade do Antigo Testamento, mas será que ele cria que as palavras propriamente eram inspiradas? “Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir mas cumprir. Digo-lhes a verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor ou menor traço, até que tudo se cumpra” (Mt 5.17,18).
Ele cria que a exatidão do Antigo Testamento se estendia à menor das letras (que seria equivalente o “i” e ao traço que transforma o “P” em “R”). Esses detalhes são importantes porque as letras formam as palavras, e as palavras transmitem significados.
Imagine Jesus cercado por um grupo de judeus enraivecidos, acusando-o de blasfêmia porque se dizia Deus. Ele se defendia brilhantemente perguntando: “Não está escrito na Lei de vocês: ‘Eu disse: Vocês são deuses’?” (Jo 10.34). Jesus apelou para a Lei porque sabia que eles aceitariam a autoridade dela. Geralmente quando pensamos na palavra lei referimo-nos aos cincos livros de Moisés, mas no contexto maior a lei è todo o Antigo Testamento. Cristo estava citando na verdade o Salmo 82.6.
Nesse mesmo salmo, Deus fala como o verdadeiro juiz (v. 1,8), mas aqueles homens que o representavam não estavam transmitindo os veredictos sábios de Deus. A palavra deuses no versículo 1 refere-se a esses juízes humanos. Claro que eles eram “deuses”, mas tinham uma posição importante entre os homens. Do mesmo modo que, no parlamento canadense há uma câmara dos “lords”, embora ninguém creia em momento algum que esses homens sejam “Senhores” no sentido divino.
Nesse contexto Cristo fez um comentário improvisado que provou sua alta consideração pelo Antigo Testamento. Vamos citar o versículo inteiro: “Jesus lhes respondeu: ‘Não está escrito na lei de vocês: Eu disse; Vocês são deuses’? Se ele chamou ‘deuses’àqueles a quem veio a palavra de Deus( e a Escritura não pode ser anulada), que dizer a respeito daquele quem o Pai o santificou e enviou ao mundo? Então, por que vocês me acusam de blasfêmia porque eu disse: Sou Filho de Deus?” ( Jo 10.34-36, grifo do autor).
Observe com que naturalidade Cristo deixou que as palavras “ a Escrituras não pode ser anulada” saíssem dos lábios. Ele não quis simplesmente particular [passagem] não poderia ser anulada, mas simplesmente “a Escritura não pode ser anulada”, uma referência ao Antigo Testamento com um todo. Mesmo nos mínimos detalhes este conjunto de literatura é exato.
Vimos que a inspiração – se significa alguma coisa – deve estender-se a cada palavra das Escrituras . A idéia moderna de que os pensamentos são inspirados, mas não as palavras, interpreta de maneira errada a natureza da linguagem. Evidentemente a Bíblia representa os pensamentos de Deus, mas esses pensamentos foram transmitidos em palavras, e por isso as frases exatas ficaram sob a supervisão de Deus. Quer o aceitemos, que não , Cristo realmente cria no Antigo Testamento.
Suponha que você assinasse um contrato com um homem que promete construir uma casa para você. Alguns dias depois ele quer ser esquivar do acordo. Você aponta o parágrafo que especifica o que vocês combinaram, mas ele replica: “Você no pode ater às palavras exatas; apenas as idéias é que são obrigatórias!”.Uau!
A Bíblia é pura de erros? Devemos perguntar se o próprio Deus é puro e sem erros. Cristo jamais daria sua aprovação a declarações e ensinamentos errados. Não podemos desviar-nos do fato explicito de que Cristo cria que as palavras do Antigo Testamento eram inspiradas. Para ele, se o Antigo Testamento disse, Deus disse!
Aplicações que transformam vidas
“Se você não concorda com tudo que Davi fez, então por que concorda com tudo o que ele escreveu?”disse-me um pastor liberal quando estávamos discutindo a questão do pecado original. Eu havia defendido a doutrina citando Davi no salmo 51: “Em pecado me concebeu a minha mãe” (v.5). O ponto de vista dele era claro: Considerando que Davi era homem falível, não poderia ter escrito um salmo infalível. Ou, pelo menos, não há motivos para pensar que o tivesse escrito.
Eu não tive nenhuma resposta para ele na ocasião, mas agora tenho. Cristo sabia que os autores da Bíblia eram homens falíveis, mas afirmou que o que haviam escrito era infalível. Tinha de ser desse jeito se Deus quisesse usar homens para nos dar as Escrituras.
Cristo entendia que um homem, mesmo falível, pode escrever o que é inspirado e, portando, verdadeiro. Ele sabia que Davi, o autor dos salmos, era falível, mas o que escreveu sob inspiração divina era a própria palavra de Deus. Conforme vimos, Cristo não fez separação entre verdade e erro; não tinha necessidade de separar o joio do trigo, o falso do verdadeiro. Davi escreveu sob a inspiração de Deus.
Se Cristo cria no Antigo Testamento, o que incluía o salmo 51, poderíamos não crer? Sabemos mais do que ele a respeito de Deus, da ciência e da história? Não nos envergonhemos de dizer “a Bíblia diz”, pois o que a Bíblia diz, Deus diz.
Um matemático poderia tentar provar que evitar uma avalancha porque a trajetória de cada penedo pode ser calculada, e um homem ágil pode sair do caminho de cada uma das rochas separadas. Da mesma forma, considerando uma de cada vez, um intelectual pode tentar negar cada uma das afirmações de Cristo sobre o Antigo Testamento. Mas as declarações não vêm uma por vez, mas “formam uma grande avalancha de itens de evidências cumulativas que não podem ser evitadas com sinceridade”. Não podemos negar que Cristo creu em toda a autoridade do Antigo Testamento. Se ele é o nosso Salvador, também é nosso mestre, e todos os que aceitam como mestre devem, se forem sinceros, curvar-se diante dele como Salvador.
O principal dos sacerdotes interrogou Cristo, mas até aquele momento ele manteve silêncio.
“Você é o Cristo, o Filho do Deus Bendito?”
“Sou’, disse Jesus. ‘E vereis o Filho do homem assentado à direita do Poderoso vindo com as nuvens do céu ‘” (Mt 14.61,62). Os que não aceitam agora Cristo com Salvador vão encontrá-lo como juiz no futuro. De um jeito ou de outro, o confronto com Cristo é inevitável. Os sábios crerão no que ele creu e seguirão para onde ele os levar.
Para pensarmos um pouco mais
Os discípulos poderiam ter inventado as histórias sobre Jesus?
No intimo, talvez imaginemos: Poderia o Seminário Jesus estar certo quando conclui que um homem chamado Jesus existiu, e os discípulos o transformaram em Cristo, o Messias? Ainda que não possamos separar Jesus da história do Cristo da fé, não possamos encontrar o “Jesus histórico”, ainda assim seria possível que seus discípulos tivessem sido tomados por uma “febre messiânica” e por isso criariam as histórias do Cristo? Seriam eles capazes de transformar um homem comum no Messias?
Não, tanto intencionalmente quanto sem intenção, os discípulos não poderiam ter inventado Jesus. Em History and christianity [ História e cristianismo], o dr. John Warwich Montgomery apresenta três motivos poderosos por que os discípulos seriam incapazes de tomar o homem Jesus e transformá-lo no Messias do anseio deles.
Primeiro, Jesus, conforme é descrito no Novo Testamento, difere radicalmente do tipo de Messias que os judeus do seu tempo esperavam. Dito de outro modo, Jesus era um candidato fraco para ser “deificado”
O recém-falecido mestre judeu Edersheim, da Universidade de Oxford, mostrou que era incrível que Cristo proclamasse que o seu deseja não era converter os gentios ao judaísmo, mas transformar ambos, judeus e gentios, em “filhos do único Pai celestial”, e não obrigar a lei aos gentios, mas libertar os judeus e os gentios dela e “ cumprir sua exigências por todos!”.
Para citar Edersheim: “A revelação mais inesperada e surpreendente era, do ponto de vista judeu, a derrubada do muro central de separação entre judeus e gentios, a retirada da inimizade da lei, e a crucificação dela na cruz de Cristo. Não havia nada análogo , [...] Com certeza, a coisa mais improvável para Cristo era sua época “. Os judeus daquele tempo esperavam que o Messias aparecesse com uma espada para acabar com a ocupação romana da terra; alguns pensavam que traria de volta o remanescente da dez tribos perdidas e reuniria Israel e Judá.
Cristo foi um amargo desapontamento em todos os aspectos. Os judeus não estavam preparados para aceitar um Messias que dissesse : “O meu Reino não é deste mundo” (Jo 18.36). não admira que as autoridades judaicas tenham combinado crucificá-lo. Se os discípulos tivessem desejado escolher um homem para fazer dele um Messias, Jesus não entraria na lista.
Segundo, os discípulos eram psicologicamente incapazes de escolher um homem e chamá-lo Deus. O ponto central do judaísmo é: “Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4). A maior blasfêmia era a idolatria, isto é, chamar uma pessoa ou coisa de Deus. Para os discípulos deificar um mero homem seria contradizer o ponto mais básico da lei: “Não terás outros deuses além de mim” (Ex 20.2).
Transgredir esse mandamento significaria que eram, nas palavras de Montgomery, “charlatães ou psicóticos”. Ele prossegue: “Mas a descrição dele nos documentos é de pescadores práticos, comuns, com os pés na terra, obstinados cobradores de impostos etc., e pessoas com talvez mais que a dose de ceticismo costumeira.”.
A questão é que os discípulos precisavam ser convencidos de que Cristo era o Messias; não havia como apanhar um mero homem e transformá-lo em Deus.
Terceiro, foi a ressurreição que transformou esses homens em discípulos convictos de Cristo. Leia as narrativas do Novo Testamento e descubra que não há dúvida de que os escritores compreendiam a diferença entre o fato e ficção. Estavam bem conscientes de que falsos messias vinham e iam, e por isso eram cético a respeito de Cristo. Mas depois que ele ressuscitou dos mortos, ficaram convencidos de que Cristo era realmente o Messias, o Salvador do mundo.
“O incrédulo Tomé”, como esse discípulo é freqüentemente chamado, lembra-nos de que Cristo é falível para os céticos cujo coração está aberto para abraçar a verdade mas que sinceramente acham que não há evidencias suficientes. A dúvida, alguém disse, “é tropeçar numa pedra que não compreendemos”. Já se disse que os que nunca duvidaram, nunca creram realmente.
Tomé teve um ataque de pessimismo, um palpite d que no final nada jamais daria certo. Depois da ressurreição, Cristo apareceu aos discípulos , mas Tomé estava ausente. Ele não era o tipo de discípulo que estivesse tão tomado da “febre messiânica” que buscasse um motivo para fazer de Cristo um Deus.
“Os outros discípulos lhe disseram: ‘Vimos o Senhor!’ Mas ele lhes disse: ‘Se eu não vir as marcas dos pregos nas suas mãos, não colocar o meu dedo onde estavam os pregos e não puser a minha mão no seu lado, não crerei (Jo 20.25).
Texto retirado do livro 7 razões para confiar na Bíblia, esta foi a quarta razão amém.
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